quarta-feira, 24 de março de 2021

(Resenha - Impuros - A Legião De Exus - Osmar Barbosa)


Escritor (a) – Osmar Barbosa

Psicografia pelo espírito – Lucas

 

“Caríssimos, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus, por que são muitos os falsos profetas que se levantaram no mundo.” (João, Epístola J. Cap FV:1)



Sinopse do livro:

É triste para nós tudo o que está acontecendo. É triste para nós não sermos ouvidos – diz Lucas. Vocês elitizaram o espiritismo. Vários são os médiuns que são intuídos a abrirem um centro espírita para auxiliar espíritos sofredores, para passar ensinamentos da vida após a vida, e o que vemos? Vemos casas espíritas disso, centro espírita daquilo, reunião espírita disso, encontro espírita daquilo, casas espíritas onde os mais humildes não podem entrar, onde os espíritos são escolhidos para trabalhar, como assim? você é quem escolhe o espírito que precisa modificar-se? Você dirigente é quem escolhe que tipo de pessoa precisa de atendimento? Sabes a real necessidade daqueles que batem à sua porta? Por que não podem trabalhar espíritos humildes no seu centro espírita? Por que não podem trabalharem espíritos que foram escravos, índios, bandeirantes, desbravadores, descobridores, colonos, ancestrais, soldados que lutaram na guerra para defenderem seus países, generais arrependidos, médicos assassinos, políticos ladrões, espíritos que estão a séculos nas regiões de sofrimento e precisam auxiliar ao próximo para receberem a misericórdia divina. Onde é que irão trabalhar esses espíritos se não for em um centro espírita? Quem é você dirigente espiritual para saber quais tipos de espíritos podem trabalhar no centro espírita que lhe foi confiado? Como assim? São centros espíritas ou extensões de seus desejos e vaidades? És conhecedor da vida após a vida? Ou achas que as obras que lhe foram apresentadas até os dias de hoje, são suficientes para compreenderes a vida após o desencarne? Amigo leitor seja bem-vindo a conhecer Impuros – A legião de Exus.

 

Índice:

 

- Prefácio

- Ramsés

-Aramís

- Turmio

- O vale dos Monges

- Lorenzo

- O Reencontro

- A Revelação

- O Portal

- Oração Aos Exus


-

Impuros ensina, que não adianta você perdoar o próximo do mal que lhe causou se você não sabe perdoar a si mesmo, e para evoluir as vezes temos que deixar para trás coisas e pessoas que amamos, é assim na encarnação e é assim na vida espiritual.

Temos que compreender que a espiritualidade é uma caixinha de surpresas e quando achamos que sabemos de tudo, não sabemos de nada. Devemos estar em constante estudo para nos conectar aos nossos mentores e entender todos os sinais que nos são dado diariamente, desde um "sonho" até um pensamento. Aventurem-se nessa obra de aprendizado, não irão se arrepender!


Por: Anna Chan

Universo Espiritual 

terça-feira, 16 de março de 2021

(História da Maria Navalha)

 


“Maria era uma moça jovem quando sua mãe faleceu, foi deixada para ser criada pelo padastro que era alcoólatra. A moça se tornou vitima de frequentes espancamentos, era ofendida com diversas palavras ofensivas e toda vez que o homem chegava do bar ela apanhava de um modo diferente. Ela suportou tudo até o momento em que sua irmã mais nova começou a apanhar. Em um dia enquanto o homem estava fora de casa, decidiu fugir dali. Com poucas roupas e sem nenhum sustento ela pegou sua irmã e foi embora.

Sem moradia e com uma criança que tanto amava para sustentar Maria não sabia o que fazer, não havia um destino certo para si, ao certo ir trabalhar como prostituta e assim ela fez. Arrumou um cantinho para morar e toda noite deixava a irmã em casa, saindo para seu sustento.

Maria começou a frequentar os bares do bairro atrás de fregueses e conseguia um bom dinheiro, podia pagar suas contas e ser sustentada humildemente. Até que uma noite foi cercada por três homens com maldade no olhar, começaram a lançar palavras ofensivas sobre ela, suas mãos corriam pelo corpo da mulher e ela tentava se desvenciliar, mas eram fortes e quando ela já estava com lágrimas nos olhos, um homem saiu de trás das mesas do bar.

“Deixem-a em paz!” A voz firme do homem chamou a atenção de todos. Ele vestia um terno branco, com uma gravata vermelha e um chapéu branco com uma listra vermelha. Era bonito, alto e forte.

Maria não o conhecia, mas sua ordem fez com que os homens se afastassem. Os três homens foram para cima dele e com golpes certeiros derrubou todos.

Ela o agradeceu, estava eternamente grata pelo homem e ele a chamou longe do bar, fora do alcanse do olhar dos curiosos. Quando estavam em um beco escuro, o homem tirou do bolso uma navalha.

“Use isso para se proteger, menina.” Ele sorriu. O mais belo sorriso que um homem poderia dar, misturado com a malicia de um boêmio. Maria hesitou em pegar aquilo, mas aceitou.

“Eu sou Zé Pilintra, estarei sempre por perto.” Em um rápido movimento ele levantou seu chapéu reverenciando-a e partiu no meio da escuridão. Depois desse dia Maria não viu o homem materializado novamente, apenas em seus sonhos.

Ela continuava a frequentar o mesmo bar que o conheceu, agora todos a temiam e ela passou a ser conhecida como a mulher da Navalha, Maria Navalha.

Qualquer ameaça, qualquer tropeço errado de um homem, qualquer má intenção ela retalha no fio da navalha.

Salve a Malandragem!”

 

Texto Por Belas Yabas.


 

Por: Anna Chan

Universo Espiritual


Fonte: https://filhadeyansa.tumblr.com/post/121775836873/maria-navalha-na-umbanda-maria-era-uma-moca

segunda-feira, 8 de março de 2021

(História do Exu Mirim Foguinho)

 


EXU FOGUINHO UM ESPIRITO AMIGO DAS CRIANÇAS.

Exu Mirim foguinho, filho de Exu e Pomba-gira, são considerados o arquétipo do "Diabinho" ou "Capetinha" por muitos... Brincalhão e cheio de malícia, quando chega ao Terreiro ele perturba a todos querendo atenção e fazendo manhã; sua intenção é a de purificar o terreiro. Agindo na bagunça, eles não demonstram que estão trabalhando.

Ele foi um menino que conheceu as maldades do mundo adulto, mas permaneceram crianças em sua essência. Ele protege as crianças de rua ajudando-as a sobreviver no mundo de hoje, também acompanham e auxilia aqueles que trabalham com crianças ou famílias desestruturadas. Exu Mirim foguinho possui a alegria de servir. Ele trabalha com dedicação e passa sua alegria ao médium e a todos que o cercam. Essa função de alegrar é para descontrair quem está sendo atendido e desviar sua atenção do problema. Assim, o Exu Mirim foguinho pode agir no atendimento e direcionar melhor o tratamento...

 

Por: Anna Chan

Universo Espiritual

Fonte: https://www.facebook.com/Gleiiston/posts/365544386856841/


segunda-feira, 1 de março de 2021

(História do preto velho - Pai Cipriano)

       "Cipriano Quimbandeiro, chorou no cativeiro. Hoje chora de alegria o Rosário de Maria. Chora, chora, saravando Angola..."     Lá pelos meados do século XVIII, existiu um negro que foi escravizado pelos senhores brancos, que era conhecido pelo nome de Cipriano, o bruxo da senzala do sul.     E por que levava esse nome?     Cipriano foi escravizado na tenra idade, trabalhou nas roças de café, cana de açúcar e trigo de sol a sol por longos e longos anos. Contudo, a noite na senzala, ele se empenhava com os mais velhos em aprender as magias, benzeduras e todas as coisas místicas  com todos os negros mais velhos, que eram, cada um especialista em determinada coisa desse gênero.     E Cipriano, por ser extremamente dedicado ao que fazia, se apegou em todas as formas de magia e benzeduras, aprendia um pouco com cada um dos seus mestres negros.     E foi assim que se tornou um grande benzedor e entendedor de magias africanas, fazendo delas um ponto positivo para auxiliar a todos que delas necessitavam, e que ele procurava ajudar com toda a dedicação e carinho.     Por esse motivo Cipriano ficou conhecido por toda região, como o negro que retirava espíritos sem luz, que curava com suas magias, que acalmava as dores com suas benzeduras, além de ser um dos mais entendidos sobre ervas e suas benevolências.     Nos dias de hoje Cipriano se apresenta como Entidade de Luz nos terreiros de Umbanda, onde trabalha na linha das Almas, sendo um Preto Velho muito solicitado pela sua atuação dentro do encaminhamento de obsessores e quebra de magia negra.     Ele quando chega ao terreiro, muitas pessoas parecem temer por saber quem ele é, e o que ele representa na Umbanda. Muitos assemelham esse Preto Velho com um bruxo, ou o senhor da cruz de caravaca, cruz essa que se é utilizada pelos senhores da alta magia.     Mas Pai Cipriano é apenas uma bela Entidade de Luz, que foi abençoada por Deus, Pai Oxalá e todos os Orixás, para poder retornar como Entidade para auxiliar os necessitados, e isso ele faz extremamente bem.     Uma característica desse Preto Velho e chegar nos terreiros de Umbanda de joelhos, ou arrastando uma das pernas ou mesmo as duas, e isso tem um motivo que faz parte de sua história na vida terrena, ainda como escravo.     Como foi dito nos meados do século XVIII , Cipriano era um negro escravizado, mas extremamente respeitado pela fama que corria a região, na qual dizia que ele era o bruxo das senzalas.     Essa fama não só trazia respeito para Cipriano, mas também trazia o carinho de seus irmãos negros, pois todos sabiam que além da fama de bruxo, ele tinha outra fama, de sempre fazer o possível e o impossível para auxiliar alguém que necessitava de sua ajuda, sendo nas magias e benzeduras simples, como a mais alta magia que por mais complicada e difícil de ser realizada, se fosse para curar, sanar mazelas, retirar obsessores, ou qualquer coisa que necessitasse da sua ajuda ele o faria, sem temer obstáculos.     Dentro desse pensamento, certa vez ele foi solicitado pelos pais de uma criança negra, que se esvairia em sangue, numa hemorragia sem motivo físico. Os seus pais desesperados sem condição de procurar ajuda como sanar aquela hemorragia de seu pequeno filho, pois ao pedirem desesperadamente ajuda aos feitores, foram ameaçados de serem levados ao tronco.     Diante do fato gravíssimo, um dos negros se lembrou das bruxarias e benzeduras que Cipriano fazia, e ao falar aos pais da criança, foram imediatamente pedir ajuda ao negro.     Cipriano foi até a criança, que nesse momento já estava com a respiração pesada, olhos cerrados e perdendo sangue por entre orifícios.     Cipriano, com galhos de arruda, guiné e benjoim, fez uma benzedura, fazendo com que a respiração da criança se acalmasse, e assim ele colocou as mãos abertas no peito do menino, fechou os olhos, como se examinasse a criança espiritualmente.     Após alguns minutos em um transe profundo, Cipriano é jogado ao chão por uma força descomunal, que vinha do corpo da criança. Essa força invisível, faz com que Cipriano acordasse do transe, não deixando com que ele terminasse o tratamento espiritual sobre o menino. Novamente ele tenta, e novamente acontece a mesma coisa. E nessa segunda tentativa ele pressente que ali existe muito mais que uma força que não aceita que ele tentasse curar a criança, mas algo demoníaco que obsediava o menino, tentando tomar conta de seu espírito ao ponto de induzi-lo a que sua alma o seguisse a escuridão eterna.     Ao sentir que a mazela do menino negro não era apenas um mal físico, Cipriano se fechou em oração junto a Pai Oxalá e aos Orixás, nos quais ele tinha extrema fé. Dali ele tem uma visão das ervas que deveria utilizar para um banho que levaria aquela força do mal para longe do menino, e assim poderia, com sua benzedura e magia fazer com que ele tivesse êxito na cura do corpo físico, já tão debilitado.     Cipriano diz aos presentes que ficassem em oração, pois ele teria que ir as matas fechadas, em um local único, para apanhar as ervas assim dar continuidade a cura do menino. E assim foi feito.     Cipriano se embrenhou pela mata, seguindo o caminho que lhe foi indicado por meio de visão espiritual. Cada vez mais distante da fazenda na qual estava a criança, Cipriano via a mata se fechando cada vez mais, chegando ao ponto de certos lugares ele ter que passar totalmente abaixado.     Enfim ele encontra o local indicado pela suas visões e no local todas as ervas necessárias para fazer o banho, o chá e as benzeduras para salvar a vida da criança.     Após recolher todas as ervas que necessitava, Cipriano tenta se apressar para chegar em tempo de salvar a pequena criança. E ao se embrenhar na mata novamente, ele sente que estava sendo observado, e logo em seguida consegue ver por quem. Um enorme vulto negro, rodeado de menores vultos da mesma negritude, começam a ficar ao seu redor tentando fazer com que Cipriano perdesse o rumo do caminho de retorno. Como ele se fixou no caminho, sem se deixar a ser induzido pelos maléficos vultos, continuou a caminhar, deixando assim o grande vulto negro com mais ódio ainda.     O grande vulto negro passa novamente por Cipriano, fazendo menção de ataque. E como novamente Cipriano não se deixou abalar, o vulto maior e negro reúne os demais comandados do mal tentando novamente atormentá-lo. E enquanto os menores vultos vinham de todos os lados para cima de Cipriano, o vulto maior segue até um covil de cobras, fazendo com que a mais venenosa das serpentes ficasse em posição de bote para atacar o negro quando passasse por ali.     E assim aconteceu, Cipriano foi atacado pela venenosa serpente, um ataque rápido e certeiro em sua perna esquerda, fazendo com que ele caísse já delirando de tanta dor pelo veneno que se espalhava.     Nesse instante Cipriano se lembra do pequeno menino, que era tomado pelos espíritos do mal, e ele se fechou em oração pedindo aos Orixás força para conseguir chegar a seu objetivo e assim curar a criança.     Com sua fé grandiosa, juntamente com uma vontade descomunal, Cipriano busca forças, e olhando ao redor, nota que já não está mais sendo ameaçado pelos vultos negros. Desse momento em diante ele se arrasta por meio da mata fechada, junto ao chão e as folhas e raízes que se sobressaiam por todas as fendas da terra.     Cada vez mais cansado, com dores terríveis, já não sentindo suas pernas, uma pelo veneno da serpente e a outra pelo esforço extremo de levar seu corpo adiante, Cipriano desaba mais uma vez ao chão.     Ele olha para o céu, clama por misericórdia, com olhos lacrimejados tentando buscar na sua fé a força que necessitava para seguir o caminho de volta.     E nesse momento uma luz muito forte aparece diante de seus olhos, e dessa luz vem uma voz forte, mas serena, que lhe disse:     "Cipriano, você tem nas mãos as ervas necessárias para acalentar sua dor física. Essas ervas podem curar sua perna ferida e envenenada pela serpente do mal. Basta pegar todas, e numa sequência esfregar uma a uma no local da picada, porém terá que usar todas as ervas que tens em mãos nesse momento. Sabendo disso, você não terá como salvar o corpo físico da criança da morte, e consequentemente também não terá como salvar o espírito desse menino da escuridão na qual ele está sendo levado pelos espíritos sem luz, que estão nessa constante busca por esse menino por ele ser um espírito puro e iluminado, que virá no futuro ser um grande aliado do bem contra obsessores e kiumbas.     Você tem que usar seu livre arbítrio nesse momento, poderá usar as ervas para se curar, ou poderá arriscar sua vida e seguir em frente para salvar a vida e a alma do menino.     Você poderia se curar e retornar em busca de mais ervas no localindicado, mas contudo não  teria tempo hábil para retornar a tempo de salvar a vida da criança."     Ao fim dessas palavras a luz desapareceu da mesma maneira que apareceu. Cipriano cerra os olhos, e os abre lentamente, olhando seu embornal com as ervas. Olha também para suas pernas, a esquerda já com um grande edema, e a direita com feridas abertas por estar sendo arrastada pelo terreno tão danificado.     Cipriano fecha novamente os olhos, faz uma oração e segue seu caminho, rastejando por entre as folhas caídas, indo ao encontro do menino na senzala da fazenda.     Durante longo tempo ele se rastejou, até que se deparou com a pequena trilha que ligava a mata a fazenda. Que para ele foi um alívio e uma vitória.     Conseguiu chegar até a fazenda, e lá foi auxiliado pelos seus irmãos negros a ir até a senzala onde estava a criança.     Chegando diante do menino, Cipriano rapidamente se pôs a fazer suas orações, suas benzeduras e suas mágicas curas por intermédio das ervas que tinha em mãos. Delas também fez chás, e logo que se iniciou o trabalho de cura física e espiritual do menino, já pôde se observar uma melhora grandiosa.     Quando Cipriano se aproximou do menino colocando suas mãos em seu peito para dar continuidade a limpeza dos obsessores, o grande vulto negro, visto na mata, apareceu diante dele, mas já sem forças, e foi conduzido para longe dali e do menino para sempre.     A criança se recuperou rápido, deixando os seus pais eternamente agradecidos a Cipriano. Ele porém, após controlar o veneno que agia maleficamente em seu corpo, ficou com as pernas sem movimento, a esquerda pela picada da serpente, e a direita pelo esforço extremo que foi obrigado a fazer para chegar até a fazenda.     Pai Cipriano desencarnou com mais de 80 anos. E no dia de seu desencarne, ele, sabendo que estava chegando seu momento de partir da vida terrena, pediu aos negros que se reunissem em sua volta, e juntos fizessem orações aos Orixás, para que o recebesse de braços abertos, no local que Pai Cipriano chamava de "Paraíso dos Bruxos".     Ao fazerem o que ele desejava, Pai Cipriano desencarnou nos braços do menino negro, que nessa época já era um homem feito, que ele salvou da morte e das garras de obsessores da escuridão.     Esse menino cresceu com um respeito grandioso por Pai Cipriano, tanto que ele seguiu os passos de seu mestre, e com ele aprendeu todas as benzeduras, mandingas e o domínio das ervas, sendo para curas físicas ou espirituais, e que mais tarde também, como seu mestre viraria uma Entidade de Luz trabalhadora da Umbanda, e levaria o nome de Pai José.     E essa é a história de nosso Preto Velho Pai Cipriano, como ele ficou conhecido, como ele salvou da morte Pai José, ainda na tenra idade.     Saravá Pai Cipriano, o grande mestre em retirar eguns, kiumbas e espíritos zombeteiros de pessoas obsediadas por esses espíritos malignos.

 Adorei as Almas!

Adorei Pai Cipriano!

 


Fonte: https://umbandayorima.blogspot.com/2014/10/a-historia-de-pai-cipriano.html

Por: Anna Chan

Universo Espiritual

 


 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

(História da Pomba Gira - Rosa Caveira)



Diz uma lenda, que a Pomba Gira Dona Rosa Caveira nasceu em um cemitério que tinha na casa de seus pais e rodeada por rosas vermelhas e amarelas.

No parto a mãe de Rosa passou mal, e estava justamente no cemitério de sua casa, foi quando a avó de Rosa apareceu para ajudar no parto, a aparência dela era de uma caveira, pois já havia falecido algum tempo.

Rosa nasceu e a avó pediu à mãe que desse o nome de Rosa Caveira para a menina, e assim foi feito.

Rosa tinha mais 6 irmãs que a odiavam, devido ao tratamento diferente que ela recebia dos pais e pelo fato de sua avó visita-la espiritualmente em todo os seus aniversários.

Os pais de Rosa Caveira eram magos, e conheciam alguns feitiços e magias que usavam apenas para o bem, Rosa então pediu aos pais para lhe ensinar, ela não queria fazer o mal, queria apenas se proteger e ajudar quem precisasse de sua ajuda.

Sua irmã mais velha ficou com muito ciúmes e raiva dos pais, que estava ensinando tudo a Rosa e não havia ensinado nada para elas.

Esta irmã então aprendeu a magia negra, e quando ficou boa na magia, ela usou para matar os pais.

Rosa Caveira inconformada com aquilo, acabou por matar a irmã e seu marido, as outras irmãs com medo, deixaram de zombar de Rosa Caveira e passaram a ficar do lado dela, com medo de morrerem também.

Quando tinha 19 anos ela resolveu sair de casa e conheceu um mago, com ele ela aprendeu muitas coisas, mas este mago morreu anos depois e seu irmão do meio por não gostar de Rosa Caveira a matou e entregou sua cabeça em uma bandeja de ouro e rodeada de rosas, para os espíritos dos magos do mal, ela tinha 77 anos.

 

O irmão do mago morreu tempos depois e Rosa Caveira entregou a alma dele ao seu Chefe Exu Caveira, pois na ocasião de sua morte seu mestre mago entregou a Rosa aos cuidados do Exu Caveira para ele cuidasse de Rosa.

Hoje Rosa Caveira faz parte da Falange do Sr. Exu Caveira, e ela é chefe de falange também.

Bem esta é apenas uma lenda, nem toda Rosa Caveira que trabalha na Umbanda tem a mesma história.

 

Por: Anna Chan

Universo Espiritual


Fonte: https://blog.vidatarot.com.br/pomba-gira-dona-rosa-caveira/#:~:text=Diz%20uma%20lenda%2C%20que%20a,por%20rosas%20vermelhas%20e%20amarelas.&text=Rosa%20nasceu%20e%20a%20av%C3%B3,menina%2C%20e%20assim%20foi%20feito



domingo, 14 de fevereiro de 2021

(História - Erê Rosinha Da Cachoeira)


                                                      
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Essa história é da erê da minha amiga, fiquei muito feliz quando ela quis contar para mim, me emocionei demais, espero que todos gostem, pois é uma história triste e linda.

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Estive durante muito tempo esperando uma vida melhor.  Andava todos os dias  descalça e com fome esperando alguém comprar os doces que vovó fazia. Vovó sentia muitas dores, sempre chorava e não queria que nada de ruim me acontecesse. Um dia eu sai pra vender os doces sozinha pois vovó não conseguiu me acompanhar. Foi quando um Homem passou e falou que tinha uma coisa pra mim mas queria que eu fosse com ele a um lugar, eu fui. Ele tirou a roupa e fez umas coisas comigo. Eu senti muita dor e desmaiei ali na areia e quando acordei já não estava mais lá. Estava em um jardim com muitas flores, recebi um abraço da vovó mas não era a que eu conhecia era outra vovó que me disse que eu não ia mais sofrer, que minha vovó também ficaria bem e que eu tinha que ser uma boa menina. Tudo isso aconteceu na Irlanda no século 19. Lá era muito frio, eu tinha 4 anos.

Quando eu vim pra cá a vovó me fez prometer que sempre cuidaria das joaninhas e colheria as flores do grande jardim.

É isso tia, a vovó me ajudou a contar. Agora tenho que voltar pra cachoeira onde mora minha mãezinha, Oxum.

 

Erê Rosinha da Cachoeira 💓


Por: Anna Chan

Universo Espiritual



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

(História - Pai Joaquim de Angola)


Pai Joaquim D'Angola apresenta-se sempre com uma calça branca, sem camisa e com uma guia somente.

Traz na mão esquerda seu cachimbo e na mão direita uma pemba branca.

Falar de Pai Joaquim D'Angola não é tarefa fácil.

É maravilhoso poder trabalhar com esta entidade. Sempre que arria, mesmo que para trabalhos rápidos, sempre deixa grandes lições.

Sempre fala com carinho aos consulentes e a outros médiuns, mesmo quando está irritado com suas ações, procedimentos ou quando há algo errado no terreiro.

Quando incorpora, sempre traz uma sensação de alívio muito aconchegante. Sua primeira preocupação é limpar o médium com quem vai trabalhar, mantê-lo equilibrado energeticamente para que este não carregue nada ruim enquanto trabalha.

Sua maneira de trabalho é muito peculiar. Trabalha nas duas bandas e pode virar o trabalho para esquerda sem que qualquer pessoa no terreiro consiga perceber facilmente. Sempre se apresenta com um ótimo senso de humor e procura sempre deixar suas lições de maneira simples e objetiva, para que não fiquem dúvidas com relação ao assunto.

É exímio conhecedor das propriedades medicinais das plantas. Sua especialidade é trabalhar com a saúde.

Pai Joaquim D'Angola é chefe de falange e vale a pena frisar que sua falange é enorme. Tem grande influência sobre seus comandados e uma equipe muito grande de Exus a seu serviço.

Pai Joaquim, como muitos Pretos-Velhos, foi trazido ao Brasil na época da escravidão. Era um simples morador de uma aldeia na Angola, hoje chamada de Lobito, quando houve a invasão portuguesa. Os portugueses escravisaram diversos negros que apresentavam um bom estado de saúde para que servissem de escravos do outro lado do Atlântico. Pai Joaquim foi arrancado do seio de sua família, tinha esposa e filhos nesta época.

Um de seus filhos gerou um filho com o nome de Tomáz, seu neto, hoje uma entidade conhecida na Umbanda que apresenta-se com o nome de Pai Tomáz.

Quando Pai Joaquim chegou ao Brasil trabalhou pelo resto da vida em uma fazenda de cana e café na região de Minas Gerais.

Durante sua vida na fazenda, começou a ser chamado de Pai Joaquim pois era o curandeiro da tribo que se formou. Sempre tinha uma maneira de aliviar o sofrimento físico de seus irmãos através do uso de plantas, desenvolvendo chás, ungüentos e emplastros. Era muito hábil em animar seus irmãos com mensagens de carinho e esperança. Sempre tinha uma boa lição para ensinar.

Seus feitos milagrosos com seus irmãos chamaram a atenção dos senhores das fazendas que começaram a levar seus entes para serem tratados por Pai Joaquim. Ele amorosamente os tratava da melhor maneira possível. A notícia de seus feitos estava se disseminando entre as comunidades mais próximas, o que o denotou como curandeiro e, para algumas pessoas da época, simplesmente bruxo, conhecedor das magias dos negros e, nesta época, totalmente condenável pela igreja católica.

Certo dia, uma criança, filha de um dos senhores, foi levada até Pai Joaquim para que fosse tratada de sua enfermidade. Ela apresentava sérios problemas de saúde. No início do tratamento, Pai Joaquim já sabia que ela lhe foi levada tarde demais e que seria quase impossível devolver-lhe a saúde tão esperada.

O senhor, pai da criança, disse que se Pai Joaquim não a curasse de tal enfermidade, ele mesmo trataria de ordenar sua morte e que esta se daria com muito sofrimento.

Pai Joaquim, com todo seu conhecimento não pôde restaurar-lhe a saúde e a criança acabou desencarnando.

Após a dor da perda, o senhor imediatamente ordenou que o velho Joaquim fosse açoitado até a morte, para que dessa maneira todos os outros aprendessem com quem estavam lidando e que não lhe adiantavam quaisquer outros meios de cura se não fosse pela tradicional. Os senhores das fazendas não tolerariam mais os atos de curandeiros, nem negros que detivessem o poder de manipular as magias que só eles conheciam.

Pai Joaquim foi açoitado por um dia inteiro, sem direito à qualquer alimento ou sequer um pouco de água.

Durante sua sessão de tortura, ele chorava e pedia a Deus que lhe levasse, pois a sua dor era insuportável. Não só a dor da carne, mas também a dor de seus sentimentos, donde tanto fez para trazer a paz, alegria e saúde aos que agora açoitavam-lhe sem piedade.

Quanto mais o tempo passava, mais Pai Joaquim odiava tudo o que tinha feito pelo próximo, e o pior, começava a odiar a Deus pelas suas Leis e pelo que lhe tinha reservado à vida.

"Como podia um Deus tão bom e tão justo deixar que façam isso comigo? Eu que sempre zelei pelas suas leis e pelos seus ensinamentos? Eu que fui escravizado e o resto de minha vida fui condenado a trabalhar como um animal de carga? Deixaste-me, ó meu Deus, que me tratassem como um animal, quando o que mais queria era tratar meus semelhantes da forma mais humana, transmitindo-lhes o amor que o Senhor tanto tenta nos ensinar!!! Eu que era só amor agora me transformo em ódio, por tudo que fiz e que mereço agora são chibatadas neste corpo frágil e cansado do trabalho e do tempo!!! Onde estás meu Deus que não me protege nesta hora de minha maior agonia???"

Pai Joaquim deixou o plano terreno ao entardecer, quando a luz do sol já não lhe aquecia mais o corpo.

Viu-se envolto por uma névoa branca. Assustador o que sentia pois ainda levava consigo a dor dos chicotes, a saudade de seus irmãos... o amor pelos seus...

Só e perdido, começou a orar mais uma vez. Percebeu que ninguém lhe chegava, nenhuma alma vinha lhe prestar socorro ou ao menos lhe dizer o que fazer ou para onde ir.

Após um bom tempo de espera angustiosa, irritado com tal situação, começou a esbravejar:

"E agora??? Onde está esse tal Deus que vocês sempre me ensinaram que existe??? Que Deus é esse que simplesmente me deixou quando mais precisei Dele??? Que Deus é esse que ao invés de me ensinar o amor me ensinou a dor??? Que Deus é esse???"

Enquanto esbravejava, notou que não tocava seus pés no chão. Parou de falar por alguns instantes. Olhou para trás e viu que quem o segurava em seus braços era Jesus Cristo, que caminhava em direção ao Pai.

Jesus disse-lhe:

"- Tenha calma, meu velho, meu amigo, meu irmão, que sua dor já passou. E pra onde nós estamos indo nunca mais sentirás dor, nunca mais sentirás saudades, nunca mais sentirás solidão e terás a todos que ama ao vosso lado!"

A criança cuja enfermidade não foi possível curar hoje acompanha esse querido Preto-Velho em todos os trabalhos em que participa. Ela somente incorpora em médiuns que apresentam grande afinidade vibratória com Pai Joaquim e que estejam muito equilibrados durante o trabalho. Sua incorporação só é necessária quando determinada pelo Pai Joaquim.

 

O porque do nome de Pai Joaquim D'Angola e o seu chapéu de palha

 

Pai Joaquim (ou Iquemí) foi um forte guerreiro, filho prometido de uma família real africana, oriunda de Angola, África, para reinar junto ao seu povo.

Iquemí era príncipe majestoso, amava sua liberdade, seus amores, um legítimo filho de Xangô.

Mas entre guerra de brigar pelo poder, Iquemí foi aprisionado por uma tribo inimiga que o entregaram aos mercadores brancos.

Iquemí, o grande guerreiro, príncipe de sua tribo, estava em desespero. Preso como um animal, veio no porão de um navio aos gritos de desespero dos seus inimigos de cor.

O mercador de escravos, dono do navio onde vinha Iquemí, soube do destaque de ter um príncipe entre os outros escravos, observou o seu porte, sua beleza, seus dentes perfeitos e seu corpo musculoso, mas viu nos seus olhos que não se submeteria aos maus tratos em se tornar um escravo.

O mercador de escravos chama-se Manoel Joaquim, nascido em Lisboa, descidiu então ficar com Iquemí na sua fazenda nas terras da Bahia.

Assim Iquemí chegou à Bahia e foi para a fazenda do mercador.

Mas Iquemí não aceitava ser escravo, o mercador se afeiçoou a Iquemí devido a sua valentia, sua força e destaque entre os negros, mal sabia que sobre a luz do espiritismo ambos eram almas afins unidos pelo destino.

Iquemí foi conquistando a amizade do senhor Manoel Joaquim, que só teve um filho que morreu cedo com a peste, gostava de Iquemí como de um filho e um dia lhe disse:

"- Negro, tu não tens um nome, um nome verdadeiro, um nome onde vais ser conhecido, vou pensar como te chamar."

O mercador adoeceu seriamente, antes de morrer batiza Iquemí de Manoel Joaquim de Luanda, um pedido de Iquemí.

Sua fama correu por terras, envelhecendo se tornou pai de todos, Pai Manoel Joaquim de Luanda ou Pai Joaquim D'Angola.

Seu papel na escravidão foi importantíssimo.

Promovia a paz entre seus irmãos de cor. Bondoso, um verdadeiro cristão, Pai Joaquim recebeu sei primeiro chapéu de palha dado por um bispo da igreja local quando sua cabeça já era toda branquinha.

Sofreu muito no cativeiro, mas jamais esqueceu sua grande e velha mão África.

Ao senhor, meu pai e querido amigo com quem tenho o grande prazer de trabalhar, saravá!


Fonte: http://paijoaquimpraiagrande.blogspot.com/2012/03/uma-das-historia-do-pai-joaquim-de.html?m=1#:~:text=Pai%20Joaquim%20(ou%20Iquem%C3%AD)%20foi,um%20leg%C3%ADtimo%20filho%20de%20Xang%C3%B4

 

Por: Anna Chan

Universo Espiritual